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  • Centro de Estudos Miomas

Mioma dificulta a gradivez?

Atualizado: 8 de nov. de 2022

A maioria dos miomas não causa dificuldades para engravidar e nem provoca abortamentos espontâneos. Contudo, dependendo da localização, da quantidade e do tamanho deles, isso pode ocorrer.


Embora sejam menos frequentes, os miomas submucosos são os que mais podem interferir na fertilidade. Quando um tumor desse tipo se desenvolve próximo ao orifício tubário, por exemplo, ele pode obstruir a passagem dos espermatozoides para que cheguem até as tubas uterinas, local em que ocorre a fecundação.

Já quando há um mioma submucoso volumoso ou mesmo vários intramurais (que podem crescer e empurrar o endométrio — camada interna do útero), a cavidade uterina pode ficar comprometida, dificultando a nidação (implantação do óvulo fecundado) ou prejudicando o desenvolvimento fetal. Nesses casos, podem ocorrer abortos recorrentes ou partos prematuros.

O mioma também pode estar localizado próximo ao local de implantação da placenta, correndo o risco de provocar seu descolamento — o que pode causar sangramentos e elevar o risco de parto prematuro e outras complicações.

Geralmente, os miomas não são um fator isolado de infertilidade feminina. Portanto, quando a mulher não consegue engravidar naturalmente, muitas outras questões podem estar envolvidas, e uma investigação ampla é necessária para averiguar as causas do problema.

Qual é o tratamento recomendado?

Apesar dos riscos associados aos miomas, não existem evidências de que todos os quadros devam ser tratados em mulheres que planejam engravidar. Essa é uma decisão que deve ser tomada junto ao médico de confiança. Em muitos casos, é recomendado apenas o acompanhamento por meio de ultrassonografias para avaliar a progressão do mioma.

Entretanto, quando há sinais de que o mioma está interferindo na fertilidade ou produzindo outros sintomas indesejados, algumas opções de tratamento podem ser empregadas.

Os possíveis tratamentos para o mioma são:

  • conduta expectante (aguardar e acompanhar os achados periodicamente);

  • uso de medicamentos para controlar o quadro;

  • cirurgia para remoção dos miomas ou do útero se necessário.

A escolha do melhor tratamento deve ser individualizada, baseada na avaliação clínica completa da paciente, e depende de consulta e de realização de exame físico e exames de imagem, entre outros exames que forem necessários.

A cirurgia para remoção do mioma chama-se miomectomia. Ela pode ser realizada por cirurgia aberta (laparotomia), por vídeo (laparoscopia) ou por histeroscopia (quando não há corte na barriga e o aparelho é introduzido pelo canal vaginal). O tipo de cirurgia indicado depende do número de miomas, da sua localização, do tamanho, entre outras características.

Por serem menos invasivos de forma geral, os procedimentos realizados por vídeo (laparoscopia ou histeroscopia) tendem a ter recuperação mais rápida.

Para algumas mulheres, pode ser indicado o uso de medicamentos para “simular” uma menopausa transitória. Isso faz com que os níveis de hormônios que estimulam o crescimento dos miomas diminuam e pode ajudar a reduzir o tamanho do tumor ou controlar os sintomas que ele causa (sangramento menstrual aumentado, por exemplo).

Essas medicações também podem ser usadas antes de um procedimento cirúrgico, visando à redução de tamanho do mioma para facilitar a técnica cirúrgica.

Quando se trata de mioma uterino, cada caso é um caso. Como cada tumor apresenta suas particularidades, apenas um médico especialista pode avaliar adequadamente o quadro clínico para propor a melhor forma de tratamento.


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